segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

POESIA, VERSÍCULOS


I

Tão real em sua idealidade,
não é de facto, nem de prosa.

II

Vem de longes, sem anúncio ou alarde -
de quando era a cor da pele a palavra.

III

Abro-lhe a janela, que se hospede
mas que arrume novamente o quarto.

IV

Bate-me com os pés seu ritmo,
faz-me dançar qual índio, imberbe.

V

Vive a me lembrar seus cânones,
intemporal, nem se importa
com que os ventos mudem
e que com eles girem as palavras.

VI

Fica o tempo que determina,
que lhe agrada.

VII

Quando parte, sem acordo de volta,
deixa-me síncopes, lapsos
que entrecortam madrugadas.

Fernando Campanella

(Fotografia de Fernando Campanella)

2 comentários:

  1. Ficou lindo, Mada, a layout, a cor deste blog deixam os trabalhos maravilhosos, fico muito feliz por estar aqui. Bjos, minha querida.

    ResponderExcluir
  2. Você sempr foi referência para mim caro amigo, nas letras e nas imagens, vou indicar à um amigo muito especial.

    ResponderExcluir