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sábado, 12 de setembro de 2009

TARDE



A febre da tarde
Se chama tarde,
Velho sono arrancado,
Cedo demais para ser noite,
Sem outro nome, pois não há nome
De tarde além da tarde.

o amor tenta falar mas soa
Tão perto em seu próprio ouvido.
Os tic-tacs escutam
O que os tic-tacs retrucam.
A febre preenche onde gargantas se mostram,
Mas nesses horrores nada tenta engolir
Enquanto a sede persegue a tarde
Até o rouco pôr-da-sol.

O entardecer surge com bocas
Quando a tarde pode falar.
A ceia e a cama começam e terminam
E o amor obscurece o pensar.
Mais tardes dividem a noite,
Novo sono arrancado,
Suspensão desperta entre sonho e sonho ­
Nunca soubemos quanto.
O sol se atrasa por horas de logo e logo ­
Então chega a febre veloz chamada dia.
Mas a febre lenta se chama tarde.


Laura Riding
tradução: Rodrigo Garcia Lopes

sábado, 25 de julho de 2009

The World and I



This is not exactly what I mean
Any more than the sun is the sun,
But how to mean more closely
If the sun shines but approximately?
What a world of awkwardness!
What hostile implements of sense!
Perhaps this is as close a meaning
As perhaps becomes such knowing.
Else I think the world and I
Must live together as strangers and die--
A sour love, each doubtful whether
Was ever a thing to love the other.
No, better for both to be nearly sure
Each of each--exactly where
Exactly I and exactly the world
Fail to meet by a moment, and a word.


Laura Riding
in: Selected Poems