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Deixei o rasto no silêncio
jamais vi de que lado cresço;
mas ando em bocas sem silêncio,
onde esqueci o meu começo;
risco metáforas com a bota
do Vento. Aonde vou, componho
a fisionomia remota
achada no Reino do Sonho;
ir ou ficar! – me quebro em mim
entre as curvas do movimento
e, ao olhar-me, descubro em mim
mãos vazias, dedos de vento.
Colombo de Sousa
In: Estágio
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