Tudo é partida de navio, velas
ao vento, coisas desancoradas
que se desgarram. Este copo, esta pedra
que pronuncio não são palavras, nem
versos de amor, nem o sopro
vivificante do espírito. São barcos
arrastados pelo tempo, cascas
de fruta na enxurrada, lenços
de adeus, enquanto o vapor se afasta,
e de longe ilumina essa ausência que somos.
Hélio Pelllegrino-
in: 'Minérios Domados'
que linhas poderosas!
ResponderExcluirobrigado por ter dado a conhecer esta valsa.
beijos
Vicente
Maravilha este poema, Mada, obrigado. Um grande abraço.
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