segunda-feira, 12 de outubro de 2009

VELEJAR. . .



Velejar para onde?
Para que mundo, acaso,
se esse mundo se esconde
ou nos chega com atraso?


Velejar para que,
se essa mesma distancia
que o coração antevê
com tão profunda ânsia


a nada mais conduz
que ao grande desalento
de ver que tudo é luz
dispersa em água e vento?



Alphonsus de Guimaraens Filho
In: Antologia Poética

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