E o homem seguiu entre guizos falsos.
Trazia no rosto uma sofreguidão de charcos.
Era noite
e os fantasmas enlouquecidos não o deixavam seguir.
Assim
andarilho de madrugadas
homem de silêncios fartos
ele se enfatizou.
Riscou de seu rosto a mascara da vida.
Continuava só
e só, continuava em sua busca viscosa.
Já não era mais ele quem fremia
na porta dos bares vazios.
Era a nostalgia de seu espectro
que buscava carnavais de sorrisos.
Alvina Nunes Tzovenos
In: Palavras ao Tempo
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