quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

SEGMENTOS



E o homem seguiu entre guizos falsos.
Trazia no rosto uma sofreguidão de charcos.


Era noite
e os fantasmas enlouquecidos não o deixavam seguir.


Assim
andarilho de madrugadas
homem de silêncios fartos
ele se enfatizou.


Riscou de seu rosto a mascara da vida.


Continuava só
e só, continuava em sua busca viscosa.


Já não era mais ele quem fremia
na porta dos bares vazios.


Era a nostalgia de seu espectro
que buscava carnavais de sorrisos.


Alvina Nunes Tzovenos
In: Palavras ao Tempo

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