sexta-feira, 4 de setembro de 2009
CANTIGA OUTONAL
Outono. As árvores pensando ...
Tristezas mórbidas no mar ...
O vento passa, brando ... brando ...
E sinto medo, susto, quando
Escuto o vento assim passar ...
Outono. Eu tenho a alma coberta
De folhas mortas, em que o luar
Chora, alta noite, na deserta
Quietude triste da hora incerta
Que cai do tempo, devagar ...
Outono. E quando o vento agita,
Agita os galhos negros, no ar,
Minha alma sofre e põe-se aflita,
Na inconsolável, na infinita
Pena de ter de se esfolhar ...
Cecília Meireles
In Nunca Mais e Poema dos Poemas
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Cecília Meireles!!!
ResponderExcluirUma alma aberta,
leve, livre e solta...
Um coração vadio,
disperso pela vida,
à cata do imensurável
questionar da existência,
com suas dores,
seus amores,
suas finitudes.
Também eu,
na velocidade desse caminhar,
desfolho-me,
deixando jorrar
pelos atalhos,
veredas e trilhas,
os fragmentos de mim.
Espero
que sirvam aos viandantes,
caminheiros cansados
pelas intempéries do tempo.
Se esquecidos,
abandonados à margem,
sivam de algum adubo
para alcatifar o olhar
em humildes flores.
Obrigada, querida!
Que maravilha amiga Genaura, grande poeta você! É um prazer imenso tê-la encontrado nessa jornada!
ResponderExcluirGrata pelas belíssimas visitas e pelos poemas, mais que lindos, que sempre escreves.
Teu blogger e teus escritos são uma lição de vida!
Beijos mil.
Eu achei muito interesante sobre este blog legal para entral no escrito desta poesia
ResponderExcluirmuito bonita suas mensgens,imagens .. bem legal .. falta so escrever livros rssrs :D !!!
ResponderExcluirSou poeta, É de suma importância e grande sabedoria este site. Ruy Botelho
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