As folhas caem, de muito longe
envelhecidas no céu, em longínquos jardins,
caem: é como um gesto de recusa.
E nas noites a terra pesada cai
fora das estrelas, em plena solidão.
Caímos todos. Cai a mão.
E vemos as outras. Dá-se o mesmo em todas elas.
Entretanto há alguém que sustêm essas quedas,
com infinita doçura, entre suas mãos.
Rainer Maria Rilke,
in Antologia Poética
Tradução de Antônio Roberto de Paula Leite
Lindo blog!
ResponderExcluirO poema Outono fez-me pensar sobre essa mão que sustêm, creio que ela tem me amparado nas minhas folhas que caem e no peso das minha noites carregadas de lembranças tristes.
Quero a primavera! O perfume das flores e o colorido que nos enche de alegria!
Chris Amag
...Entretanto há alguém que sustêm essas quedas,
ResponderExcluircom infinita doçura, entre suas mãos. (Rilke)
Lindo demais, falem o que quiserem do Rilke (o Neruda parecia atacá-lo), mas o poeta é grande.
Bjos, querida amiga.